Da redação
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O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) divulgou o balanço de suas atividades em 2019. A instituição fechou o ano com um desembolso total de R$ 1,3 bilhão, alta de 2,2% em relação ao ano anterior. No período, o banco atendeu a 5.083 empresas de todos os portes e prefeituras, encerrando o ano com pelo menos um cliente ativo em 87% das cidades mineiras.
Além disso, o crédito desembolsado estimulou a geração de 22,6 mil empregos e adicionou R$ 974,6 milhões à economia mineira, além resultar em uma arrecadação de R$ 44,2 milhões em ICMS.
“Embora o cenário econômico ainda seja desafiador, o BDMG conseguiu ampliar o alcance e o volume de seus financiamentos, preservando sua solidez financeira. Revisamos nossa prateleira de produtos para tornar o crédito ainda mais acessível, beneficiando tanto as cadeias produtivas tradicionais, quanto as mais inovadoras, ligadas, por exemplo, à economia sustentável. Ao mesmo tempo, aprofundamos o relacionamento com instituições nacionais e internacionais, a fim de diversificar a origem dos nossos recursos”, analisa o presidente do BDMG, Sergio Gusmão.
Origem dos recursos
Os desembolsos realizados com recursos próprios representaram 56% (R$ 734 milhões) das liberações totais, enquanto 42% (R$ 549 milhões) foram provenientes de repasses de outras instituições.
As operações que utilizaram recursos de fundos são 2% (R$ 26 milhões) das liberações e tiveram como fonte a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e a Fundação Renova.
Além disso, o BDMG firmou várias parcerias com organismos multilaterais, incluindo um contrato com o Banco de Investimento Europeu (BEI), que garantiu crédito de 100 milhões de euros para financiar projetos de geração de energia limpa e eficiência energética. A instituição mineira encerrou o ano com lucro líquido de R$ 84 milhões e patrimônio líquido de R$ 1,8 bilhão.
Em 2019, a agência de classificação de riscos Standard and Poor’s (S&P) elevou a perspectiva do banco mineiro de negativa para estável, além reafirmar os ratings da instituição: ‘B’ na escala global e ‘brA-‘ na escala nacional.
Desembolsos por setor
- Municípios
Ao longo do ano, foram desembolsados R$ 127,5 milhões para projetos de 182 municípios mineiros, valor 3,8% maior que em 2018. Do total de municípios atendidos, 41% apresentam IDHM inferior à média de Minas Gerais. Além disso, foi lançado o Edital de Municípios, com valor disponibilizado de R$ 200 milhões. - Micro e pequenas empresas (MPEs)
Por meio do BDMG Digital, o banco destinou R$ 172 milhões às MPEs em 2019, crescimento de 10,5% frente a 2018. Também em 2019, o BDMG Digital registrou cerca de 600 mil acessos, um recorde histórico, com crescimento de 54% em relação a 2018. - Empreendedorismo feminino
Com objetivo de apoiar as MPEs lideradas por mulheres, um dos produtos também disponíveis é o Empreendedoras de Minas. Nessa linha, que representa 19% do volume desembolsado em 2019 pelo BDMG Digital, R$ 32,5 milhões foram destinados a 977 empreendedoras em 220 municípios mineiros. - Agronegócio
A cadeia do agronegócio foi o destino de R$ 628 milhões do banco no ano passado, 12,4% a mais do que em 2018. Os financiamentos foram realizados por meio de linhas com recursos do BNDES, do Funcafé e de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). - Energia limpa
O incentivo à geração de energia limpa é um dos elementos centrais da estratégia do BDMG. No ano passado, o crédito para projetos de geração de energia solar fotovoltaica triplicou em relação a 2018, chegando a R$ 53 milhões, sendo a maior parte destinada ao Norte de Minas.
O número de usinas solares financiadas pelo banco passou de 25 para 54. A capacidade de geração dos empreendimentos financiados em 2019 chega a 45,8 gigawatts por ano, o suficiente para abastecer 23,8 mil domicílios. - Inovação
Para financiar projetos de inovação, que propõem melhorias de processos, produtos e serviços por meio da tecnologia, o banco destinou R$ 51,5 milhões em crédito para 27 novos projetos, em parcerias com a Fapemig, BNDES e Finep. O valor de 2019 é 21% maior do que no ano anterior.
Outra importante iniciativa é o Hubble, hub com sede no BDMG, em parceria LM Ventures e Banco Olé, que reúne startups de tecnologia. Em 2019, as 15 empresas participantes faturaram juntas R$ 8,3 milhões e cresceram em média 107,8% em relação a 2018. Foram gerados 81 empregos diretos e conquistados R$ 7,5 milhões em investimento.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
Sergio Gusmão esse jovem tem futuro, é de família tradicional do Vale do Jequitinhonha, da cidade de Itinga.