Da redação
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O crescimento da demanda por cafés especiais é uma das grandes apostas do agronegócio mineiro para 2020. Líder nacional no cultivo da commodity, o estado busca se consolidar também como referência na produção de grãos com qualidade superior e certificado de práticas sustentáveis.
Dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafe) apontam que quase 7 milhões de sacas do produto foram exportadas nos 11 primeiros meses do ano civil.
Segundo a entidade, o volume equivale a “18,6% de participação do total de café exportado neste ano até o momento e um crescimento de 23,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior”.
“Chegamos a um patamar interessante de exportação desse café diferenciado porque o preço é pelo menos 15% superior ao valor do café commodity, podendo custar até o dobro”, explica o assessor técnico especial do café na Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Niwton Moraes.
“Vale lembrar que a qualidade não tem tanta vinculação com a variedade, mas sim com a condição climática, a altitude e o zelo do produtor com a colheita”, analisa o especialista.
Em 2019, Minas produziu cerca de 24 milhões de sacas de café commodity, ou seja, sem a classificação especial. O recuo é de quase 30% em relação a 2018, o que torna ainda mais urgente a recuperação em 2020.
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