Da redação
redacao@interessedeminas.com.br
Os 53 deputados federais mineiros gastaram, juntos, R$ 7.377.358,54 de verba pública de fevereiro a agosto. Os dados constam do Portal da transparência da Câmara dos Deputados e foram publicados em reportagem do jornal Estado de Minas nesta segunda-feira.
O valor utilizado para o pagamento de aluguel de veículos, correio, gráficas, publicidade e passagens aéreas, dentre outros custos, daria para pagar 7.392 salários mínimos. Em um cenário hipotético, daria para remunerar um trabalhador com um salário mínimo por 616 anos – mais de seis séculos.
No caso de Minas Gerais, o custo médio por parlamentar é de R$ 36.092,71 por mês. O valor não inclui o salário pago a cada deputado federal, que hoje é de R$ 33.763 mensais.
Voos lideram gastos
As passagens aéreas estão no topo da lista de gastos dos deputados mineiros. Foram nada menos que R$ 1,8 milhão – 22% do total da cota parlamentar – utilizados com a compra de bilhetes.
No período, a passagem mais cara paga pela casa legislativa foi de uma viagem para a China, feita pelo parlamentar Misael Varella (PSD). A ida e a volta na primeira classe da Emirates Airlines custaram cerca de R$ 44 mil.
Na ocasião, Varella viajou para participar do 12º Congresso da Confederação Internacional das Misericórdias, em Macau. O evento teve como tema “O papel das políticas sociais e de saúde na proteção à infância, juventude e envelhecimento”.
Para o cientista político Malco Camargos, a disponibilidade dos recursos para os parlamentares não é o problema, mas o uso dado à verba pode ser questionado.
“É importante separar o que é um evento que pode melhorar a qualidade da representação parlamentar dos que caracterizam turismo eleitoral. A auditoria das casas tem que controlar bem esse tipo de despesa, analisar caso a caso quais as consequências disso”, avalia Camargos.
O especialista ressalta, ainda, que, sendo usadas corretamente, as verbas são necessárias para que os deputados desempenhem melhor o papel de representação da sociedade.
“Para exercer bem seu mandato, estando próximo de sua base e tendo uma boa assessoria técnica, é fundamental que os parlamentares tenham recursos”, conclui.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
não podemos aceitar esse tipo de comportamento com o dinheiro público. e é no voto que vamos dizer não. basta!
Só tenho uma coisa a dizer: PQP…………