Nada a comemorar: MG lidera ranking de crianças acidentadas no trânsito - Interesse de Minas

Nada a comemorar: MG lidera ranking de crianças acidentadas no trânsito

O número supera até mesmo os índices de São Paulo, capital com a maior frota de automóveis do país

  • por em 12 de outubro de 2019 | atualizado: 13/02/2020 - 12:19

Os dados ainda mostram que a maioria ficou com algum tipo de sequela permanente após o acidente (Foto: pxhere.com)

Da redação
redacao@interessedeminas.com.br

Minas Gerais é o estado brasileiro que mais fere crianças e adolescentes no trânsito. Dados do seguro Dpvat apontam que 1.001 indenizações em função de ocorrências no tráfego foram pagas a mineiros com idade entre 0 e 17 anos de janeiro a setembro deste ano. O número supera até mesmo os índices de São Paulo, capital com a maior frota de automóveis do país. 

No Dia das Crianças, comemorado neste sábado (12), os levantamentos apontam que, em todo país, 9.865 jovens – uma média de 36 por dia – foram vitimados no trânsito no mesmo período.

Os dados ainda mostram que a maioria ficou com algum tipo de sequela permanente após o acidente: cerca de 70% (ou 6.933) das indenizações foram pagas por invalidez.

A cobertura de reembolso de despesas médicas e suplementares foi a que registrou o segundo maior número de pagamentos de indenização. De janeiro a setembro, foram 1.471 sinistros. E mais 1.461 casos de indenizações pagas por mortes no trânsito.

“No contexto geral de acidentes, o trânsito é o principal responsável por mortes de crianças, principalmente na faixa etária de 5 a 14 anos”, explica a gestora de comunicação da ONG Criança Segura, Vanessa Machado.

Ela destaca a importância do uso correto das cadeirinhas automotivas, que podem reduzir em até 70% o risco de morte em caso de colisões. “Pela lei, uma criança até os 7 anos e meio, deve estar sempre em uma cadeirinha. É a única forma de protegê-la. Isso porque o cinto de segurança no banco do carro foi projetado para proteger adequadamente pessoas com mais de 1,45 m de altura. No Brasil, de acordo com o IBGE, essa altura só é atingida pela maioria por volta dos 11 anos. Então o ideal é que os pais estejam atentos a isso e usem esse equipamento enquanto for necessário”.

Atropelamentos

Os dados da Seguradora Líder ainda chamam atenção para um alto índice de atropelamentos: a maioria dos acidentados estava na condição de pedestre no momento do sinistro, concentrando 58% dos pagamentos.

De acordo com os levantamentos da empresa, as estatísticas envolvendo passageiros são elevadas. Crianças que estavam dentro do veículo durante a ocorrência concentraram 42% das indenizações pagas, o equivalente a 4.125 pagamentos para a faixa etária.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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