Trânsito em MG mata de 50 mil em 10 anos; maioria é de homens jovens - Interesse de Minas

Trânsito em MG mata de 50 mil em 10 anos; maioria é de homens jovens

Minas Gerais é o segundo estado brasileiro com maior número de indenizações pagas por morte no trânsito no acumulado da última década

  • por em 1 de outubro de 2019 | atualizado: 13/02/2020 - 12:19

De 2009 a 2018, 51.482 vítimas fatais foram registradas em território mineiro (Foto: pexels.com)

Da redação
redacao@interessedeminas.com.br

Minas Gerais é o segundo estado brasileiro com maior número de indenizações pagas por morte no trânsito no acumulado da última década, ficando atrás apenas de São Paulo. De 2009 a 2018, 51.482 vítimas fatais foram registradas em território mineiro, o que equivale a uma média de 14 óbitos por dia no período.

Os dados estão no levantamento recentemente divulgado pela Seguradora Líder, empresa responsável pela administração do Seguro DPVAT no Brasil. Eles revelam que o país é o quinto do mundo com mais vítimas fatais no deslocamento de automotores, segundo levantamentos de 2018 da OMS.

Em Minas, mais da metade dos pagamentos do último ano (53,1%) foram destinados a motoristas acidentados. Há uma década, eles representavam 39,8%. Os pedestres, por outro lado, representavam 34,8% dos mortos no trânsito em 2009 e, no ano passado, passaram a equivaler a 25,3%.

Mais mortos do que em uma guerra
O trânsito brasileiro gera mais mortos do que uma guerra civil. Em 10 anos, foram mais de 485 mil indenizados por mortes no trânsito em todo o Brasil. Em uma década, a Guerra da Síria deixou mais de 360 mil vítimas fatais

“Nos últimos anos as cidades têm se preocupado mais com os pedestres. Tem tido algumas melhorias tanto na infraestrutura ­­­­­­- com semáforos, travessias, meios-fios rebaixados, semáforo com sinal sonoro – como em campanhas que alertam os motoristas sobre a necessidade de respeitar os pedestres. Isso pode explicar essa mudança”, avalia o professor de segurança viária do Cefet-MG, Agmar Bento.

O fenômeno se repete no restante do país. Em 2018, os condutores somaram mais de 21 mil (ou 55%) indenizações por morte. Desse total, o sexo masculino também predomina, somando 82% dos pagamentos destinados à cobertura no ano passado.

Quando analisada a faixa etária, os jovens de 18 a 34 anos foram os que mais morreram, com 39% (15.045) dos sinistros pagos por morte pelo Seguro DPVAT no último ano. A pesquisa ainda revela que a maioria dos acidentes ocorreu na “hora do rush”, de 17h às 19h59h.

“A cada 24 segundos, uma pessoa morre no trânsito. Desta forma, torna-se fundamental o constante investimento em prevenção, educação e conscientização da população sobre a importância de um trânsito seguro”, esclarece o superintendente de Operações da Seguradora Líder, Arthur Froes.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Ulisses

simples a maioria é causada pela imprudência

Sandro

Pode colocar a maioria desses acidentes com mortes na conta dos Detrans que deixam pessoas completamente incapazes de dirigir conseguirem suas carteiras. Uma prova cabal disso, para mim, é o famigerado treinamento para habilitados, pois se uma pessoa habilitada precisa ser treinada é porque não tem competência para estar atrás de um volante, e mesmo sem ser competente conseguiu tirar sua carteira.

Alex Santos

Quem mata é o pessimo motorista…o imprudente ou o bebado. O irresponsavel sem habilitacao. Não é o transito que mata..mas as pessoas acima que utilizam veiculos como armas. Se punicao fosse severa…matariam menos.