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Entenda melhor

ALMG pouco faz, STF libera migalhas e Zema fica à mercê da União

João Carlos Firpe Penna
joaocarlos@interessedeminas.com.br

Muitas mudanças aconteceram nas relações entre os dos poderes em Minas Gerais, mas com muito pouco – ou nenhum – resultado para os mineiros: o Executivo passou para o comando de Romeu Zema, que nada de concreto anunciou até hoje para a economia, além da expectativa de recorrer à ajuda fiscal da União; os 77 parlamentares eleitos deram início à 19ª Legislatura na Assembleia Legislativa (ALMG) e nada votaram de substancial para ajudar a população a enfrentar a crise, especialmente os mais carentes. No Judiciário, o Supremo Tribunal Federal (STF), presidido desde setembro do ano passado pelo Ministro Dias Toffoli, demonstrou que seu apreço pelos interesses de Minas pode ser traduzido em uma palavra: migalhas. Vejamos:

No judiciário

O STF anunciou recentemente o segundo desbloqueio de recursos para o estado neste ano, no valor de R$ 444 milhões. Em janeiro, numa operação a conta-gotas, o ministro já havia liberado outros R$ 443 milhões. São recursos de empréstimos do Estado contraídos com o Banco do Brasil e que vem sendo retidos pela União exatamente pelo fato de Minas estar inadimplente com suas contas – cujo “fiador” é o próprio governo federal.

Para se ter uma ideia da “migalha” que isso representa, o governo de Minas “deve” cerca de R$ 6,8 bilhões aos municípios mineiros – ou seja, os repasses constitucionais e os convênios em atraso aos quais as prefeituras têm direito. Os cerca de R$ 880 milhões liberados este ano pelo STF representa menos de 13% dessa dívida, que não é a única que Zema tem que pagar. Tem também o pagamento do funcionalismo, que precisa ser honrado.

Não se trata de dizer que o STF tem que resolver os problemas de Minas, mas há um componente político nesse entrave, que empurra Minas para o acordo com governo federal por meio do Plano de Recuperação Fiscal (PRF), como já demonstrado pelo portal Interesse de Minas.

Leia também:
Por que o Governo Zema, refém do plano fiscal federal, está paralisado?

No executivo

Imediatamente após o anúncio do STF sobre a liberação dos recursos, a Secretaria de Estado da Fazenda de Minas soltou nota dizendo que tais recursos representam somente um pequeno alívio nas contas de Minas – e que a solução definitiva depende da “adoção de medidas estruturais eficientes”. Em outras palavras, a adesão de Minas ao programa federal, que arrocha ainda mais a economia.

Se levarmos em conta o evidente alinhamento de Dias Toffoli e de Zema ao governo Bolsonaro, fica ainda mais clara a lógica de tudo isso: o STF libera migalhas para não paralisar completamente Minas Gerais, a União pressiona e o governo estadual reforça a necessidade urgente do acordo.

Enquanto isso, na ausência de qualquer plano alternativo para reativar a economia de Minas, o governo Zema segue no desmonte da Cemig: acaba de realizar a liquidação de ações da Light que a Cemig detinha e anuncia a venda de ativos da Gasmig, dentro de plano de desinvestimento na estatal. O governo vai “tomando a sopa pelas beiras”, enquanto prepara as estratégias na ALMG para mudar a Constituição estadual e não depender de referendo popular para vender a estatal.

Leia também:
De JK a Zema: Cemig, desenvolvimento, referendo popular, apoio da ALMG e da União

No legislativo

Em balanço de seis meses de nova legislatura, a ALMG afirmou, em texto para a imprensa: “o  primeiro semestre de 2019 foi marcado por iniciativas que buscam superar a crise política e econômica que afeta o Estado e o País. Os parlamentares eleitos para a 19ª Legislatura se dedicaram aos esforços pela retomada do desenvolvimento de Minas e a exercer sua função fiscalizadora, auxiliando o poder executivo a aplicar os recursos, de forma eficiente, na prestação de serviços à população”.

Para uma casa que deveria se dedicar, em primeira instância, à elaboração de leis que possam vir a beneficiar população, destacar como principais realizações, em seis meses, os “esforços pela superação da crise política” e pela “retomada do desenvolvimento de Minas” parece algo muito pouco palpável ou por demais abstratos.

Sabe-se que a ALMG não ficou paralisada nesses seis meses. Criou o Assembleia Fiscaliza e acaba de aprovar a reforma administrativa do poder executivo. Mas falta empenho dos parlamentares para avançar em questões fundamentais para a população em momento de tão grave crise econômica e institucional de Minas e do país.

Interesse de Minas

Ver Comentários

  • Tudo normal, nada de estranho na matéria. Os deputados ganham muito e não fazem nada. O Zema é uma bossssssss... O STF cheio de corruptos, e não é novidade que o governo federal não olha Minas. Os nossos deputados que criaram a CPI da Vale de Brumadinho, somente para fazer número, não vai dar em nada, esse país está entregue a própria sorte. O PT destruiu o Brasil e hoje não temos pessoas interessadas em mudar a situação. Para que tantos deputados, vereadores, senadores??? Bastavam pessoas honestas e bem intencionadas para mudar.........

  • Assembleia de minas e a câmara de bh é uma vergonha nacional, infelizmente são os mesmos políticos, o mineiro não aprendeu a votar.

  • Que textinho besta. Então é tudo uma teoria da conspiração entre o Zema, o Supremo e o Bolsonaro? tudo para vender o patrimônio mineiro para os empresários gananciosos explorarem ainda mais a população, especialmente os mais pobres? Ridículo.

  • quem escreeveu este comentario esta sendo no mínimo incoerente não acredito que este jornal possa dar espaço para um comentario com tamanha militancia, todos nos sabemos o que o desgoverno PT fez por nosso estado arruinando tudo que existe e agora este sr. acha que em 07 meses todos os nossos problemas serão resolvidos? na verdade tem mesmo é que privatizar tudo que não é responsabilidade do estado evitando que novas administrações usem como cabides de empregos e balcões de negócios, acho que o Zema e o Bolsonaro estão corretos apesar da assembleia e o congresso fazer birrinhas por não conseguirem mais as trocas de antigamente, mudar um sistema é bem dolorido.

  • Ficar argumentando que isso ou aquilo é herança de governos anteriores não resolve a situação, tira o foco do presente e da cobrança no governo atual que precisa sim ser cobrado, pois foi eleito pra tentar fazer uma boa administração.

  • É impressionante quantas opiniões distorcidas, a privatização resolve? Se sim, é só ver no Rio ou Goiás o que mudou. O que precisa são pessoas que realmente entende do negócio que cada companhia exerce. Privatizar só muda o CNPJ do dono e quantos sócios do governo federal e estadual querem isso. Não vai melhorar e nem baratear conta. Acorda Minas.

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