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Em um mês de governo, Zema evidenciou que sua prioridade é diminuir os gastos do estado e renegociar as dívidas. As primeiras atitudes do governador, que teve um encontro com o presidente Bolsonaro em Brasília, demonstram que ele considera a União um agente no desafio de tentar equilibrar as contas.
Nesse período, o governador também enfrentou o obstáculo de encontrar formas de realizar o pagamento dos servidores e os repasses de recursos para os municípios.
Em meio a tudo isso, houve ainda um acontecimento inesperado: o rompimento da barragem de rejeitos em Brumadinho. Zema visitou o local mais de uma vez e prometeu agilizar o repasse de recursos ao município e cobrar da Justiça mais agilidade na responsabilização dos culpados.
Um decreto assinado pelo governador, em 2 de janeiro, exonerou todos os servidores comissionados do Executivo, cortando cerca de 6 mil pessoas. A decisão acabou afetando o funcionamento dos serviços para a população que usa os serviços, causando transtornos especialmente nas áreas de Cultura e Imprensa.
A confusão obrigou o novo governador a reconduzir, dias depois, cerca de um quarto dos profissionais dispensados para a manutenção de serviços emergenciais ou contínuos.
Logo nos primeiros dez dias da nova gestão, os repasses de recursos aos municípios mineiros sofreram atrasos. A Associação Mineira de Municípios (AMM) pressionou o governo, e alguns prefeitos chegaram a ameaçar adiar o início do ano letivo nas escolas por falta de dinheiro.
O pagamento dos servidores continuou a ser feito em forma de escala – atitude adotada no governo anterior. No dia 28 de janeiro, Zema anunciou que o 13º referente ao ano de 2018 do funcionalismo público será pago em 11 parcelas, de fevereiro a dezembro. No início do mês, o governador chegou a declarar, em entrevista a um programa de TV, que não sabia quando iria realizar o pagamento, estimado em R$ 2,1 bilhões, e enfrentou protestos de servidores.
Zema assumiu o estado com grave crise financeira e rombo fiscal. Além disso, o governo estadual está impedido de realizar operações de crédito tendo o governo federal como “fiador” até agosto desse ano, pois, em 2018, a União foi obrigada a cobrir o calote de R$ 553,1 milhões dado pela administração mineira em dois empréstimos.
Em busca de soluções, Zema declarou que pretende recorrer ao chamado Regime de Recuperação Fiscal (RRF), criado pelo Governo Temer em 2017. Em entrevista a um programa de TV, Zema também afirmou a intenção de enviar um projeto de lei à Assembleia sobre a privatização da Cemig e de outras estatais.
Segundo ele, essas vendas são uma exigência do Tesouro Nacional para renegociar a dívida do estado com a União, que pode chegar a cerca de R$ 30 bilhões.
Além disso, ele e seu vice, Paulo Brant, se encontraram com o presidente Jair Bolsonaro, em 16 de janeiro. Na ocasião, eles discutiram a renegociação dessa dívida de Minas Gerais com a esfera federal.
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