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Em uma década, Minas teve nada menos que 241 mil hectares de áreas verdes destruídos, enquanto apenas 70 mil receberam restauração ambiental. Os dados alarmantes são da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e incluem áreas de atlântica, caatinga e cerrado.
As principais causas para a devastação, segundo a pasta, são o crescimento do agronegócio, a expansão urbana e as atividades industriais, como a mineração. Em outras bases de comparação, o espaço destruído equivale a mais de 13 mil vezes o tamanho do estádio do Mineirão.
De todos os biomas apagados do mapa de forma ilegal, o Cerrado – vegetação predominante no estado – correspondeu a 70% no período. O Norte e o Noroeste são as regiões que acumulam as maiores áreas desmatadas.
Para piorar, especialistas afirmam que os prejuízos podem ser irreversíveis. Mestre em Geografia pela UFMG, Evandro Alves, destaca que o cerrado abriga nascentes de importantes rios, como é o caso do São Francisco. “Quando se destrói essas áreas, direta ou indiretamente você está decretando a morte desses mananciais”, alerta.
Nem a mata atlântica foi poupada. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, Minas foi o Estado foi o que mais desmatou essas áreas em 2017 e 2018. De acordo com os dados da Semad, na última década esse bioma perdeu mais de 41 mil hectares dentro do território mineiro.
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