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Minas Gerais é o terceiro estado brasileiro com maior taxa de sobrevivência dos negócios, segundo o IBGE. Os dados constam no estudo Demografia das Empresas e Empreendedorismo, publicado na última semana pelo instituto, com dados referentes a 2017.
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG), o índice tem relação com o número de negócios registradas em território mineiro: 11% de todas as empresas formais do país – cerca de 526 mil – estão sediadas em Minas.
Analista do Sebrae-MG, Bárbara Alves ressalta que a sobrevivência ou mortalidade dos negócios não depende de um único fator. Há, ela explica, uma combinação de razões que contribuem para o sucesso ou fracasso de um empreendimento.
“Dentre estes fatores, destaca-se um conjunto de questões que impactam o ambiente de negócios – econômicas, sociais e políticas, que fogem ao controle dos empresários. O sucesso ou fracasso dos negócios são impactados por boas ou más práticas de gestão, envolvendo o equilíbrio financeiro, controle de fluxo de caixa, estoque, ferramentas de marketing, além do próprio planejamento do negócio”, explica Bárbara.
Bárbara afirma ainda que, no período de referência da pesquisa divulgada pelo IBGE, o cenário geral não foi positivo para os negócios no país. Em linhas gerais, as taxas de saída (que representam a taxa de mortalidade dos negócios) estão em patamar superior quando comparadas às taxas de criação de novos negócios e reentrada de negócios inativos. Além disso, o número total de empresas no país apresentou trajetória de queda, de acordo com a série apresentada pela IBGE.
“Esse fato certamente foi influenciado pelo momento econômico o período analisado. O agravamento da crise da economia brasileira ocorreu principalmente entre 2014 e 2016, com melhoria tímida a partir de 2017. O fato é que a recessão econômica causou impactos negativos tanto para empresas, quanto para famílias (consumidores) e governos”, diz ela.
A analista relembra, ainda, que no período houve forte deterioração do mercado de trabalho, com aumento expressivo do desemprego; aperto do mercado de crédito; elevação dos níveis de endividamento que pesaram bastante sobre a demanda doméstica, resultando em contrações consecutivas do PIB. “Em meio a esses fatores, o balanço financeiro das empresas foi fortemente impactado e muitas delas infelizmente não conseguiram sobreviver”, finaliza.
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