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A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do governo Zema, aprovada pela ALMG, utiliza como referência para projeções da economia em 2020 estimativa de PIB de 2,2% para Minas em 2019, que vai na contramão de todos os indicadores já disponíveis e as estimativas do mercado, da Fiemg e do IBGE para o estado. Projeções realistas indicam que o estado terá crescimento inferior a 1%, podendo até mesmo ter crescimento negativo.
De fato, a tragédia de Brumadinho, ocorrida em 25 de janeiro deste ano, mudou totalmente os rumos da economia mineira em 2019. Até o final do ano passado, projetava-se um crescimento de 3,3% para o PIB mineiro no ano.
Logo após o desastre, as projeções, obviamente, sofreram calibragem para baixo. A Fiemg – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais -, que estimara o crescimento de 3,3%, reduziu a projeção para 1,7% em fevereiro e, em março, recuou a previsão para apenas 0,8%.
Estudo da entidade ainda prevê a possibilidade de retração (crescimento negativo) de até 4% na economia neste ano – e de até 12% em três anos, num cenário mais pessimista, mas não irreal.
Em abril, o IBGE apurou que o desempenho industrial de Minas teve queda de 10,9% em relação ao mesmo mês no ano anterior. E sinalizou: em 12 meses (até abril deste ano), a indústria mineira estava com queda de 2,6%.
Apesar de todos esses indicadores, estimativas e projeções, o governo Zema enviou recentemente, para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020, que foi elaborado, como o próprio documento indica, num cenário de crescimento do PIB de 2,2% para Minas Gerais neste ano. Para 2020, o texto da LDO prevê um crescimento ainda maior: 2,7%.
No dia 26 de junho deste ano, o Plenário da ALMG aprovou, em Reunião Extraordinária, o Projeto de Lei (PL) 734/19, de autoria do governador, que traz a LDO para 2020. Ela abrange as diretrizes gerais para a elaboração do Orçamento, as prioridades e as metas da administração pública estadual, dentre outros pontos.
Nas justificativas sobre os parâmetros adotados na elaboração da LDO, o Governo Zema admite que estão sendo utilizadas as mesmas projeções do projeto de lei equivalente do governo federal, para os anos de 2019, 2020, 2021 e 2022, ou seja, variação nominal do Produto Interno Bruto de 2,2%, 2,7%, 2,6% e 2,5%, respectivamente.
Então, anote aí: o que não deveria valer para o Brasil, não deveria servir também para Minas. Afinal, as projeções de crescimento do PIB nacional de 2,2% para este ano já foram para o espaço há muito tempo. Há dezoito semanas consecutivos o Boletim Focus vem apontando e medindo a redução do PIB em 2019.
Nesta segunda-feira, 1º de julho, a estimativa foi reduzida para 0,85% para 2019. A ‘lua de mel’ do mercado com o governo Bolsonaro durou exatos dois meses, uma vez que as projeções positivas começaram a cair em março e não pararam até hoje.
Diante de um eventual argumento de que essa estimativa de crescimento do PIB para 2019 não interfere na LDO de 2020 (que, efetivamente, só estará em vigor a partir de janeiro do ano que vem), vale destacar que as projeções são baseadas em dados e previsões para este ano.
Um exemplo: a LDO afirma, quanto à “receita tributária, que o crescimento esperado para 2020 é de 8%, totalizando R$ 68,6 bilhões”.
Qual é a base de um crescimento de 8% em 2020, se não o ano atual? E se em 2019 a estimativa de um crescimento do PIB de 2,2% não se confirmar (ou seja, se estiverem certas as projeções do mercado, da Fiemg e do IBGE, por exemplo), como ficará então a receita tributária do ano vem?
Em tempo: a LDO de 2019, elaborada ainda pelo governo Pimentel e aprovada pelo Plenário da ALMG em 25 de julho de 2018, previa um crescimento do PIB (tanto nacional como de Minas) de 3% para este ano, ou seja, num cenário ainda mais positivo do que o estimado por Zema para 2019.
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