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Quase três meses após a tragédia de Brumadinho, que matou centenas de pessoas em um dos maiores crimes ambientais da história do país, empresários e governantes realizaram, em Nova Lima (MG), o primeiro grande evento internacional para refletir sobre a crise minerária que vem se agravando em Minas desde 2015, quando ocorreu o rompimento da barragem de Mariana (MG).
O evento reuniu os governadores de Minas e do Espírito Santo, Romeu Zema e José Renato Casagrande, respectivamente, os ministros do governo Bolsonaro Ricardo Sales (Meio Ambiente) e Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior (Minas e Energia), o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, o novo presidente do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Wilson Brumer, e o presidente da Fundação Dom Cabral (FDC), Antonio Batista, além de especialistas em barragens e mineração de diversos países.
Organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o encontro contou com o apoio do Governo do Estado de Minas Gerais, da FDC e da Fiemg. De acordo com os organizadores, foi um “seminário inédito”, que teve o objetivo de debater o futuro da mineração em Minas Gerais, a se desenvolver em um ambiente cada vez mais competitivo, sustentável e seguro, assim como “coletar opiniões e promover a troca de experiências em gestão de diversos processos envolvendo a indústria da mineração no Brasil e em várias partes do mundo”.
O evento ocorreu em 17 de abril, na sede da FDC em Nova Lima. Na ocasião, Wilson Brumer anunciou que a sede do Instituto vai ser transferida de Brasília para Minas Gerais. Segundo ele, “o objetivo é que a entidade fique mais próxima das empresas e da sociedade, onde a mineração se faz presente com maior evidência, embora atue em todos os estados”.
Confirma trechos das falas de alguns dos participantes:
Romeu Zema, governador de Minas:
“Estamos aqui, hoje, iniciando uma era pós-tragédias em Minas Gerais. Tivemos a tragédia de Mariana há três anos e, recentemente, a de Brumadinho, e sabemos que há tecnologias e recursos disponíveis capazes de viabilizar esse setor, de forma que continue operando sem esse tipo de falha. A mineração precisa ser repensada, e o grande objetivo desse seminário é esse. A mineração é extremamente relevante para o Brasil e mais ainda para Minas, 40% das exportações de minério do Brasil estão aqui, a mineração representa 25% da nossa indústria e 5% da nossa economia.”
Flávio Roscoe, presidente da Fiemg:
A Fiemg está buscando saída para a crise em uma perspectiva mais ampla, mas levando conta essa nova realidade do setor minerário. Para isso, estamos apresentando o Plano de Investimentos para o Governo Federal, que prevê projetos estruturantes, de menor volume de recursos e o maior impacto econômico e social possível, abrangendo as seguintes áreas: infraestrutura, energia, habitação, saneamento básico e saúde.
Estamos estimando, para isso, investimentos, para os próximos anos, da ordem de R$ 44 bilhões, sendo R$ 20 bilhões de recursos públicos e R$ 24 bilhões de recursos privados. Em suma, estamos buscando maximizar a utilização dos recursos naturais com maior diversificação do setor mineral e ampla agregação de valor ao produto.
Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior, ministro de Minas e Energia:
Sempre em nome do interesse público, reforço que estaremos atentos às demandas do setor e dos poderes locais da sociedade, da academia, para avançar na evolução da mineração em prol de mais conquistas para a sociedade. Estamos convictos de que estamos no caminho correto para corrigir falhas detectadas e evitar novos acidentes, preservando vidas e fortalecendo a credibilidade do setor mineral. Afinal, a mineração é vetor do progresso e sinônimo de desenvolvimento.
Vale destacar que nenhum representante de entidades de defesa ambiental de Minas Gerais esteve presente no evento promovido pelo Ibram. Dois dias antes do encontro internacional, representantes das principais entidades de defesa ambiental de Minas Gerais realizaram entrevista coletiva com a imprensa para denunciar o que denominam de “terrorismo de barragem”.
Segundo eles, até a tragédia de Brumadinho, não havia por parte das empresas mineradoras, do Estado ou da Agência Nacional de Mineração (ANM) “qualquer manifestação quanto à insegurança das barragens, principalmente as construídas por método a montante, existentes em Minas Gerais”.
Na ocasião, eles ressaltaram a iniciativa da criação de um “Gabinete de Crise da Sociedade Civil”, formado por organizações da sociedade civil para monitorar a situação dos atingidos pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho.
“Composto por ONGs de defesa ambiental e ativistas de direitos humanos, o Gabinete vai acompanhar as ações relacionadas ao rompimento da barragem de rejeitos da Vale na Mina Córrego do Feijão, pedir a punição dos responsáveis e a defesa dos direitos das vítimas, apoiar e propor medidas que evitem novos desastres e tragédias e dar visibilidade aos impactos da mineração nas comunidades”, afirmam os organizadores.
Algumas das entidades que compõem o Gabinete de Crise:
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