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Quem transitou pelas ruas e avenidas de Belo Horizonte durante o Carnaval foi, assim como eu, testemunha ocular da maior festa popular que a capital já realizou. Com recorde de público – pelo menos 4,6 milhões de pessoas segundo estimativas da Belotur – a cidade literalmente parou para assistir a mais de 500 blocos levando música e alegria pelas manhãs e tardes belo-horizontinas.
Não há como negar que BH se transformou durante esses quatro dias e que a beleza dessa celebração, mesmo para os que não compartilham do espírito festivo, fez da cidade um lugar momentaneamente mais feliz. O problema igualmente inegável é que, à noite, a alegria deu lugar ao medo em muitas regiões.
Um tiroteio na Savassi, por volta das 20 horas de domingo, deixou três pessoas baleadas. No mesmo dia, momentos antes, um jovem de 18 anos foi morto depois de ter a cabeça batida contra o chão repetidas vezes em uma briga, no bairro Castelo, na Pampulha.
Na segunda-feira, dois turistas franceses foram esfaqueados na Avenida dos Andradas, no Centro da capital, em uma tentativa de assalto. Na terça, um mulher foi encontrada já sem vida na Praça da Estação, com arranhões no pescoço e sinais de esganadura.
Na mesma praça, três mulheres foram estupradas durante a folia. Em um dos casos, o suspeito usou da força física para imobilizar duas jovens que aguardavam um carro para irem embora. O homem teria enfiado a mão dentro dos shorts das meninas e as violentado.
Ironia ou não, o local, no coração da cidade, simbólico pelo reflorescimento do Carnaval na esteira da Praia da Estação, foi considerado pela PM o ponto mais violento do Carnaval.
As más notícias não terminaram aí. Na madrugada da quarta-feira de cinzas, um homem caiu, bateu a cabeça e morreu após ser roubado na Praça Sete, também no Centro de BH. Ocorrências que deixam evidente o quanto a cidade se tornou hostil após a dispersão dos blocos.
O que impressiona é que a Polícia Militar teve à disposição duas carretas equipadas com um arsenal de segurança. Entre eles, drones de última geração e câmeras com monitoramento infravermelho, capaz de encontrar facas e armas de fogo a mais de três quilômetros de distância.
O tom politizado de diversos blocos que desfilaram pela capital também chamou a atenção. No domingo pela manhã, o bloco Chama o Síndico fez críticas diretas ao presidente Jair Bolsonaro e gerou comoção na platéia. As vaias também puderam ser ouvidas, mas não superaram o barulho dos aplausos de um público majoritariamente de esquerda.
O mesmo aconteceu com o Tchanzinho Zona Norte, que desfilou no bairro Jaraguá e chegou a ser censurado pela PM quando um coro com críticas ao presidente ganhou força. O episódio repercutiu rapidamente e, um dia depois, o Ministério Público e a Defensoria Pública enviaram recomendação oficial aos militares para não intervirem nas manifestações dos blocos.
No desfile do Juventude Bronzeada, que aconteceu na manhã de terça-feira, no bairro Floresta, adesivos e adereços com as hashtags #elenão, #cadêoqueiroz e #lulalivre também podiam ser vistos por todos os lados.
Por falar em Bolsonaro, ele não se divertiu muito durante o feriadão e andou criando polêmica nas redes sociais – um talento nato que ele tem revelado a cada dia -, mas isso é assunto para outro texto.
Encerro por aqui com duas únicas certezas: temos que melhorar um bocado para que o Carnaval de BH mereça a fama que alcançou; essa é, sem sombra de dúvida, a festa mais autêntica e bonita que já aconteceu nas ruas dessa cidade.
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