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Blocos, bandas, muita animação e festa. Os foliões de Ouro Preto, cidade histórica mineira, já se preparam para o carnaval, que começa no próximo dia 28 de fevereiro. Como já é tradição, centenas e centenas de turistas, do estado, do Brasil e do mundo todo se prepararam para a festa, que neste ano promete ser um evento histórico, como já anuncia a prefeitura. Mas, no meio do caminho há uma pedra, ou melhor, uma barragem, da empresa Vale…
Trata-se da barragem de Vargem Grande, situada em Nova Lima. Por medida de segurança, em função dos riscos de rompimento, a BR-356, principal acesso de Belo Horizonte a Ouro Preto, teve de ser parcialmente interditada. Com isso, os carros têm de passar por um desvio, o que está aumentando a viagem em uma hora.
O retrato do que agora ocorre em Ouro Preto pode ser um prenúncio gravíssimo e preocupante: na rota das barragens de diversas mineradoras, entre elas a Vale, que amedrontam os mineiros pelos riscos de rompimento, há muitas cidades em que o turismo é destaque e uma das fontes principais de arrecadação e movimentação da economia. Será que, diante de tamanhos riscos, os turistas continuarão a frequentá-las?
Será que, diante de tamanhos riscos, turistas continuarão a frequentar as cidades históricas de Minas?
O órgão que fica na Catedral da Sé é uma das belas e mais tradicionais atrações da cidade de Mariana, que fica bem próximo a Ouro Preto. Atualmente com cerca de 60 mil habitantes e uma economia baseada no turismo e na mineração, a cidade foi a primeira vila e a primeira capital de Minas Gerais. Em novembro de 2015, a lama de rejeitos de minério manchou para sempre a história do município. Naquele dia, o rompimento da barragem do Fundão, da empresa Samarco (pertencente à Vale), arrasou o distrito aconchegante e bucólico de Bento Rodrigues, revelando ao Brasil e ao mundo a bomba-relógio que cerca quase toda Minas Gerais. A lama tóxica devastou casas, sitios, córregos, matou pessoas, matou o Rio Doce. Ainda hoje, o município de Mariana convive com os desdobramentos da tragédia, que piorou muito a economia da região.
Brumadinho era uma cidade pequena e sem muita diversificação econômica, até o Instituto Inhotim, um jardim botânico e museu de arte moderna numa área de 140 hectares, começar a atrair turistas, muitos turistas para a região. O fluxo intenso de pessoas do estado, do país e mesmo do mundo, levou à abertura de vários restaurantes, bares e pousadas ao redor da cidade. O trágico rompimento da barragem da Mina do Feijão em janeiro, que trouxe devastação e muitas mortes, colocou em suspenso essa rotina.
O distrito de São Sebastião de Águas Claras, popularmente conhecido como Macacos, está situado numa região privilegiada, com muitas cachoeiras, córregos de águia cristalina e muito verde. Localizada bem pertinho de BH, a cidade atrai muitos e muitos turistas. A cada ano, cresce o número de pousadas, hotéis, bares e restaurantes, que ficam sempre lotados nos fins de semana, feriados e férias. No dia 16/02, um sábado que deveria receber grande fluxo de turistas, como sempre, muitas famílias tiveram de deixar suas casas, amedrontadas pelo risco de rompimento da barragem B3/B4, da mina Mar Azul, da Vale. As ruas, os bares, os hotéis e s pousadas ficaram vazios.
Quem chega à cidade de Congonhas se surpreende ao ver, pela primeira vez, a magnitude dos 12 Profetas, que ficam dispostos no adro da Basílica de Bom Jesus de Matosinhos, a céu aberto. As esculturas, em pedra sabão, são obras do mestre Aleijadinho e retratam alguns dos exemplares mais expressivos do Barroco mineiro. No interior da Basílica há mais 66 esculturas religiosas, de diversos tamanhos. A cidade tem a honra de abrigar a obra inigualável do mestre mineiro, fruto de uma promessa feita por ele em 1757. Mas, além da beleza da obra artística, os moradores de Congonhas convivem com o medo constante de rompimento de barragens – no entorno da cidade há 24, sendo a maior delas a barragem Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional, que está desativada.
A pergunta incômoda feita acima (no começo da matéria) leva a uma urgente reflexão. O turismo, em muitas cidades (ver quadro abaixo) movimenta a economia em cadeia: hotéis e pousadas, comércio local, feiras, profissionais autônomos. A arrecadação direta e indireta que provém da atividade turística é importante para esses municípios. O acesso à cidade já foi liberado, mas o medo persiste.
Numa drástica situação hipotética, se o turista vai embora, o hotel não hospeda e precisa demitir, o mercadinho não vende, o artesão não vende, o comércio local cumula perdas e tem também de demitir… gera-se um perverso efeito em cascata que pode arruinar municípios muito pequenos.
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